terça-feira, janeiro 24, 2006

Hoje não posso deixar de pensar


E de reflectir nos jornalistas! Dia do seu padroeiro, São Francisco de Sales; nascido em plena convulsão religiosa (zona francesa e suiça) do séc. XVII, este homem conseguiu imprimir as primeiras folhas soltas para explicação da doutrina e difundi-las em zonas não católicas. Assim, nasce a primeira distribuição dos periódicos. Escrevendo de forma rápida e sucinta, preenchia os objectivos do jornalismo "Onde, quando, como, quem e porquê".
Desde da sua altura até ao nossos dias, estas são preocupações preementes de qualquer jornalismo sério e actualizado. Formador e formativo, pertecente à sociedade e acompanhante da justiça social. Um jornalismo que pretenda a busca da verdade, sabendo que esta é superior a si mesmo.
Quando são os nossos parâmetros quando transmitimos a notícia? A verdade da coisa, a nossa verdade ou a verdade que queremos vender? O acontecimento como verdade ou a interpretação "Porquê" o acontecimento? Será que mais vale interpretar doq que relatar?
A figura do jornalista tem de ser laboratorial? Ou seja, está o jornalista fora das regras morais e jurídicas para ser melhor relator? Estará fora das leis deste mundo? Como se interpretava erroneamente os relatores dos evangelhos?
Será aceitável que um jornalista fidedigno diga que não vota para ser imparcial?
Onde está o lugar dos profissionais da comunicação social? Perdida no séc. XVII ou a tornar-se num paladino infalível da verdade morando no éter longe da realidade?
Escrever é um dom, quase um parto! Relatar é um dom que nem todos possuem! Vamos ver se Francisco de Sales, que aliava o dote jornalístico à doçura de boas maneiras, inspire, estas, nos seus protegidos de hoje. Especialmente aos da TV.

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