sexta-feira, fevereiro 17, 2006

A Liberdade carnívora


De facto, a liberdade levantada como bandeira na Revolução Francesa tornou-se fraticida e carnívora. Comeu automaticamente os outros dois pés da máxima revolucionária: a igualdade e a fraternidade. Carnívora porque na ansia de ser livre, o Homem devora os seus irmãos ou filhos como saturno e esquece a igualdade e paridade nas oportunidades. O libertário (como somos hoje, nestas sociedades autofágicas) não se importa com os limites porque a sua liberdade deve poder fazer tudo. Temos de ter cuidado, pois entramos na máxima de rousseau "o homem é o lobo do homem".
A minha liberdade sem limites torna-se impossível numa sociedade de iguais, da justiça e da fraternidade/solidariedade. Que me importa que os outros sofram se faço o que quero?

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