Na Baixa da nossa capital, moram pessoas, fazem-se negócios, reza-se e celebra-se a fé. Assim, não podemos dizer que seja terra abandonada. Mas, os problemas, lá estão e são “residentes”. Habitação abandonada, rendas desmesuradas, envelhecimento da população, serviços deficitários, intranquilidade nas ruas em horas mais nocturnas, um estacionamento “desbragado”, a desertificação até ao nível comercial, o aumento de prostituição na Praça da figueira, e um “êxodo” demográfico são alguns dos “residentes” da Baixa.
Hoje, na edição de um periódico lisboeta, pudemos ler o testemunho de quem permanece na Baixa e nela vive. Fomos confrontados com o problema dos roubos nas igrejas da Baixa e com a insegurança.
Numa visita recente com a Senhora vereadora, Dra Maria José Nogueira Pinto, aos intervenientes no tecido social da zona, ouvimos estas mesmas narrações. A dificuldade na manutenção das igrejas, a desordem causada pelos assaltantes e a insegurança dos mais idosos. Como afirma o pároco de São Nicolau, na reportagem, uma política concertada é necessária, estabelecer sinergias para que o “nó” da Baixa seja resolvido. Os vários parceiros sociais unirem-se num esforço de ver, analisar e actuar em comum. Este tem sido o repto lançado pela nossa Vereadora.
Porém, não deixamos de sentir o amargo de boca, em ver esta zona, tão cara à Cidade, sem uma actuação concreta e imediata. Podemos olhar o futuro com positividade, com planos mas, na verdade, ainda cá moram os mesmos “problemas residentes”. Não será possível intervir já na segurança e na tranquilidade? Ainda em Dezembro passado à porta do Natal, um individuo ateou fogo à imagem do Senhor dos Passos, na Igreja da Conceição Velha. Será necessário chegar a casos mais complicados para haver uma intervenção à séria na Baixa?
Vamos esperar que não, que os “problemas residentes” abandonem a baixa pombalina e para lá voltem aqueles e aquelas que fazem a vida da Cidade.
Foi uma pequena reacção à Notícia do DN desta semana que dava conta do estado dos roubos nas igrejas da Baixa.
sexta-feira, fevereiro 17, 2006
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1 comentário:
Se te fosse a falar da baixa portuense nunca mais sairiamos daqui...
Típico de um pais q n preza as joias urbanas q existem dentro das cidades antigas.
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