terça-feira, agosto 30, 2005

Viva a República? Viva Portugal?


Não me reconheço como comentador (assim, Deus me livre) mas o discurso, ou melhor, a intervenção civíca de Manuel Alegre deixa o sabor amargo da dúvida na boca! Ou no pensamento!
A preocupação pelo futuro da República cercava a intervenção com um gosto pela velha moralidade romana; de facto, voltamos à "pregação" dos valores da civilidade romana na urbe. O combate quase evangélico contra o egoísmo e o individualismo numa época onde a nossa sociedade está como está devido ao falhanço das grandes revoluções.
No seu discurso notava-se a preocupação por um sistema democrático em grave doença, padecendo do enfraquecimento moral, da deterioração da vida em sociedade e do facilitismo/corrupção. A vergonha que o "povo" não tem em eleger criaturas corruptas e insidiosas. E por fim, perguntamo-nos quem é esse povo que tem o poder? Dúvidas que nos ficam no ar e que pareciam-se mostrar na intervenção de Manuel Alegre. Uma bola de neve que só vai parar quando?

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