Uma carta que nos explica alguns vectores da distância cultural entre Islão (puro e duro) e a civilização ocidental marcada pelo cristianismo: embora não se faça disto uma batalha. A pseudo-carta dirigida a Bush da parte do presidente iraniano: uma amostra do que o islão essencial pensa da religião e do mundo.
E nestes dois conceitos se movem todos os atentados, actos e relações comerciais/diplomáticas. Não é uma guerra entre religiões mas sociedades (que queiremos ou não, são religiosas). De tal maneira, que não podemos pensar na nossa sociedade liberal e democrática, sem atender aos fundamentos cristãos (todos nós somos filhos e iguais com um único Pai).
Mas, o importante é perceber que "religião" fala a carta; apela à religão de Bush e que ele volte aos princípios religiosos, porém não são os nossos valores cristãos. Refere que seguimos um homem, Jesus, e os seus ensinamentos. E, aqui, bate a grande diferença, pois se seguissemos um homem, os nossos ensinamentos eram caducos e contextualizados; limitados a um experiência social diminuta e relativa. Nós seguimos o Filho de Deus cujos ensinamentos são intemporais e possíveis de contextualizar em todo o tempo e lugar. O Amor é possível em qualquer lado do mundo e do universo.
A religião que ele apela é uma serie de normas sociais e caducas, agarradas à uma vivência concreta e passageira; pois devemos ter cuidado porque senão a religião aparece como perigo à vivência democrática e à sociedade pós-moderna. E a fé em Cristo, é tudo menos um perigo à nossa sociedade:
1- a religião não é perigo para o mundo pós-moderno
2- a nossa fé distingue-se da religião muçulmana
3- aquilo que ele apela na carta não é uma religião, é um código de normas sociais
4- não há guerra entre cristianismo e islão, há sim entre comprensões da religião e do essencial
quarta-feira, maio 10, 2006
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