terça-feira, agosto 22, 2006

A Vida que há-de vir

E certo que não conhecemso nada para além do que nos é dado ver e palpar, mas esta certeza da vida que há-de vir é algo de interior ao Homem, ou, à Humanidade. Pensava nisto enquanto ouvia o Imagine, que tenta acabar com o céu.
Mas, uma vida outra marca e dá desafios à nossa existência quotidiana! Não a possibilidade de viver outra e outra vez, em círculo purgativo.
A certeza de vivermos noutro mundo diferente deste, onde não há choro nem ranger de dentes. Onde até as nossas faltas não existem, nem os nossos pecados subsistem. Ao nível antropológico, resaltam sérias questões: o agora não o único momento, somos feitos de uma matéria mais elevada que somente o animal, não são somente os jovens que interessam, a vida em comunidade pode ser melhorada mas não purificada, o limite é céu e por fim, não pensar em prémios ou castigos.
Uma sociedade que pense a vida que há-de vir (sem ser na concepção valorativa e jurídica) ganha horizontes, nela continua o pecado e a desgraça mas temos os olhos postos em mais. Será ilusão? mesmo que seja, gera uma comunidade compassiva e clara.
Não é uma questão de sermos ricos em sonhos mas é uma questão de seriedade desta vida.
Et vitam venturi in saeculi.

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