sexta-feira, dezembro 30, 2005

As coisas passam...


Se tanto me dói que as coisas passem

Se tanto me dói que as coisas passem
É porque cada instante em mim foi vivo
Na busca de um bem definitivo
Em que as coisas de Amor se eternizassem

Sophia de Mello Breyner Andresen

quarta-feira, dezembro 28, 2005

O que nos espera o próximo ano?

Não sabemos o futuro mas sabemos o que nos espera:
- umas eleições presidenciais com vitória antecipada (mas que não agrada a muitos, porque a sombra de tempos idos volta a cobrir a nossa lusa nação)
- um acentuar da crise (que Deus nos livre, espero)
- uma sociedade mais perigosa, menos segura e menos justa
-claro, o Rali Dakar que, para nós, é uma alegria que parta sempre daqui (fica-nos a impressão de que Lisboa fica na orla norte africana)
- outra maravilha o Festival Rock em Rio (emprenho social da música, arghhh)
- e decerto todos nós teremos motivos de júbilo em 2006 tal como o futebol que cria milhares de empregos e fonte de receita para milhares em Portugal.
- Convido a encher esta lista de glórias e maravilhas para 2006....

terça-feira, dezembro 27, 2005

Depois da festa...

27 de Dezembro, ainda é dia de Natal... depois da festa farta e com saúde (Graças a Deus). Esperemos que ainda seja dia de Natal durante mais uns tempos; embora sem as mortes estúpidas nas estradas e o consumo desmedido.
Porque festejamos o Natal? por necessitar dele, mesmo sem percebermos a razão última da fraternidade, simplicidade e unidade a que somos convidados e que nos atrae! Estas qualidades que exaltamos existiram numa pessoa concreta e o único justo. Agora menino mas daqui a alguns meses graúdo. Sempre a viver as qualidades natalícias.
Necessitamos sejamos nós crentes ou não, de uma altura como esta que nos lembre o que devemos ser e o que o mundo deveria ser: um lugar de paz onde nasça a justiça e o amor.

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Mensagem de Paz

Uma Mensagem de Paz, que parece muito realista/idealista. Porém vale a pena ler toda, porque é um texto dos mais lúcidas e escrito numa visão global. Na íntegra no site do vVaticano.
Depois de falar dos passos já dados no caminho da Paz, Bento XVI refere:

"Mas, tudo isto não deve induzir a um ingénuo optimismo. De facto, não se podem esquecer os sangrentos conflitos fratricidas e as guerras devastadoras que ainda continuam, infelizmente, semeando lágrimas e morte em vastas zonas da terra. Há situações onde o conflito, que está latente como o fogo debaixo das cinzas, pode novamente alastrar causando destruições de alcance incalculável. As autoridades que, em vez de realizarem quanto está ao seu alcance para promoverem eficazmente a paz, fomentam nos cidadãos sentimentos de hostilidade contra outras nações, arcam com uma gravíssima responsabilidade: colocam em perigo, em regiões de alto risco, os delicados equilíbrios alcançados à custa de árduas negociações, contribuindo assim para tornar mais inseguro e nebuloso o futuro da humanidade. Além disso, que dizer dos governos que contam com as armas nucleares para garantir a segurança dos seus países? Juntamente com inúmeras pessoas de boa vontade, pode afirmar-se que tal perspectiva, além de ser funesta, é totalmente falaz. Numa guerra nuclear, não haveria realmente vencedores, mas apenas vítimas. A verdade da paz requer que todos — tanto os governos que de forma explícita ou tácita possuem armas nucleares, como os que pretendem consegui-las — invertam conjuntamente a marcha mediante opções claras e decididas, orientando-se para um progressivo e concordado desarmamento nuclear. Os recursos assim poupados poderão ser destinados para projectos de desenvolvimento em benefício de todos os habitantes e, em primeiro lugar, dos mais pobres. "

E, de seguida, refere uma coisa obscura da nossa sociedade que mina-nos como um cancro; o comércio do armamento caada vez mais florescente, nas suas palavras. Um discurso bem sem medo.

quinta-feira, dezembro 22, 2005

A geração dos meninos perdidos


Recordam-se dos meninos perdidos do Peter Pan? pois, existe uma "geração" (estranha palavra para quem vive do momento quase ao segundo) que é parecida com estes: sempre no ar, descomprometida, sem crescer, presa numa infância fantástica e sem nunca ouvir dizer um não.
Desculpem a expressão, uma "geração" gerada por seus augustos progenitores ou superiores onde a disciplina é inexistente, o autocontrole é bafio e a responsabilidade esmoreceu. Meninos perdiso entre o centro comercial e as largas horas sem a companhia de alguém mais velho.
Não podemos dissertar sobre as classes sociais porque tanto uns como outros estão perdidos na terra do nunca: os mais favorecidos, os pais entupiram com coisas, e dinheiro e mais coisas e com isso podem comprar e pensar nunca no amanhã; os mais pobres deambulam nos centros comerciais para fazer tempo! Perdidos sem alguém que lhes proponha algo melhor... e estão perdiso por vontade? Também pode ser, mas o piro é que se perderam porque ninguém lhes disse que há coisas mais importantes que a terra do nunca.
Uns perdem-se no excesso e outros na falta; embora o consymo de cocaina tenha aumentado no nível secundário: o vicio dos meninos bens generalizou-se e todos agora andam perdidos e querem esquecer a sua perdição.
O tempo das férias é sintomático das famílias e do mundo que construimos; já não sabemos viver e o que fazer em família. Tempo a mais para a geração dos meninos perdidos.

quarta-feira, dezembro 21, 2005

Segurança?


Na verdade, estamos fartos de saber de quem é a decisão política (um sintagma vazio para tirar a lama, àgua e merda do capote) ou outra desculpa qualquer. Queria saber é onde está a cabeça dos nossos governantes quando mandam encerrar mais de 50 postos e esquadras. E mais, onde está todo o entendimento quando se fecha a secção de corrupção da PJ? Digam-me, se há paciência para este estado. Venha definitivamente o fim...

Temos que observar...

Observar e ver como na sociedade se repercute as ideías predominantes! O culto da diferença e da juventude gera pequenos monstros para além de chamar à atenção de coisas esquecidas. E bem!
A exaltação da juventude criou uma geração que grita com todos (vejam as telenovelas), que têm sucesso aos vintes, são estrelas, o melhor do mundo e são vips antes de terem a maioridade. A exaltação da mulher traz consigo uma arrogância que as faz esquecer que ser igual é ter o mesmo tratamento que os homens em todos os lados (ou será que já não querem a igualdade?). A exaltação das minorias sexuais leva a dar nomes errados às realidades humanas, o companheirismo é chamado de casamento ou matrimónio. E etc
O mal não está em realçar as minorias ou dar voz à juventude, mas tudo tem o seu tempo! E os exageros pagam-se caro porque na sociedade (história triste mas verdadeira) há sempre um retorno terrível.
Não vivam o agora, que nem apetece porque o agora já passou qaundo acabarem de ler este texto.

terça-feira, dezembro 20, 2005

Tempo de verdadeiro Natal

DISCRETA E TERNA
Discreta e terna há-de envolver-me
a luz terna do Teu olhar,
Senhora a Quem tantas vezes eu disse
"Ave Maria, cheia de graça":
que Tua presença me não falte
nessa hora, nesse instante.

És a Virgem fiel - a que mantém as promessas,
por isso, Tu cumprirás a promessa:
cumprirás, porque cá me diz o coração:
"Mãe!"
Virás, assim, à beira do meu leito,
ou onde quer que a vida me comece a abandonar,
"Santa Maria, Mãe de Deus".

Olhar vago,
talvez ardendo em febre,
talvez então nem de Ti eu me lembre,ó meu Amor de sempre...
"Rogai por nós, pecadores".

Sei, porém, - mais: tenho a certeza
que foi por minha causa
que o Senhor orou: "Nas Tuas mãos,Pai, entrego a minha alma..."

Desde então, é certo,
sempre que o poente da vida
crisma a fronte de um homem,
vibra intenso, como no Calvário,
o brado saído do coração de Deus:"Mulher, aí tens o Teu filho".

Discreta e terna há-de envolver-me
a luz terna do Teu olhar.
Estreitando-me junto ao Teu peito virginal,
dirás então aos Anjos em êxtase:
"Um menino nos acaba de nascer..."

Há-de sorrir Isaías.E Deus, também.

Alexandre do Nascimento Séx.XX (Angolano, Cardeal e poeta)

Se...

Se sois riqueza, como estais despido?
Se Omnipotente, como desprezado?
Se rei, como de espinhos coroado?
Se forte, como estais enfraquecido?

Se luz, como a luz tendes perdida?
Se sol divino, como eclipsado?
Se Verbo, como é que estais calado?
Se vida, como estais amortecido?

Se Deus? estais como homem nessa Cruz?
Se homem? como dais a um ladrão, Com tão grande poder, posse dos céus?

Ah, que sois Deus e Homem, bom Jesus!
Morrendo por Adão enquanto Adão,
E redimindo Adão enquanto Deus.

Frei António das Chagas (Séc. XVII - religioso, poeta e restaurador da Pátria)

Irra


Num dia muito díficil irrita-me:
  • as velhas que nos empatam o caminho no meio da rua
  • os atendedores de telefone com som metálico e nos entra pelos ouvidos
  • as luvas que têm buracos
  • o cachecol que parece ter vida e fugir dos sítios
  • a falta de iniciativa das pessoas
  • o frio que nos corta
  • o dinheiro que não chega
  • os exames médicos que são marcados com um mês
  • as pessoas que demoram horas a contar um acontecimento
  • as pessoas estúpidas da cidade
  • as pessoas que não sabem o que querem
  • as renas e o pai natal
  • etc
  • etc

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Um nome...

Que espero, um dia, seja conhecido: João Paulo Assunção. Um designer que estava presente na loja que referi expondo as suas criações de adereços ou complementos. Tenho um cachecol estupendo dele...

uma loja tão simpática

No meio do buliço da Baixa, uma loja deveras diferente. Simplesmente vintage, recordando os 70's e a minha infância. A outra face da Lua está a fugir do Natal convencional na Rua da Assunção. Fui lá com a Maria Antónia no Sábado e é simplesmente adorável.

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Mais uma sexta-feira

Mais um fim de semana! Perto do Natal e do final de ano, que vão chegar com os seus rituais e eu só vou dar por eles nos próprios dias!
Frio que marcará este Natal de 2005, frio no tempo e na sociedade; um ano que termina e não augura nada de novo ou bom! "Estamos tão bem assim porque é que havemos de mudar". Que arrepios ao ouvir esta frase de um pouco saudoso estadista.

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Música e mais Música


Neste tempo de Natal, temos muita música! Se calhar, é o mal dos tempos fortes: encaixar tudo num curto espaço de tempo! Muitas actividades e muitas casa a visitar: volto a lembrar os concertos nas Igrejas com o apoio da CML mas também hoje uma oratória muito bonita "Paulus" de Mendelssohn na Gulbenkian. Vale a pena encher o espírito de ar fresco para a Festa do Natal; e no começo de um ano novo. Recomeçar é sempre algo bom e prometedor. Venha o Menino, o nascimento, a força de começar com boa música

quarta-feira, dezembro 14, 2005

acessos informáticos

Sinceramente (tanto quanto é possível) detesto acessos, palavras passe e códigos afins! Estas coisas informáticas que deveriam ser fáceis e cómodas. Hui.... valha-nos o antigo e as boas das cadernetas.

terça-feira, dezembro 13, 2005

Uma manhã no centro de saúde...

Uma manhã inteira para uma consulta que estava marcada para as 10h00 e fui atendido às 12h15! Ninguém acha normal!

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Maximiliano do México


Ontem vi um programa sobre o imperador do méxico e só me lembrava dos nossos candidatos presidenciais...

Algo de errado se passa no reino da Austrália...


Nem os cangurus nem os koalas ajudam a apagar as cenas que se viram naquela praia australiana! Um povo nascido dos condenados, extraditados e mulheres de vida duvidosa a ter reacções xenofobas. O sentimento de medo perante a multidão raivosa: a paixão foi semelhante. Quem para a multidão raivosa? Ali não havia justiça nem direito; só o medo e a ira! E isso é animalesco. Merecemos um apocalipse porque 2000 anos de civilização foram pelo cano. Venha o fogo ou a àgua.

sexta-feira, dezembro 09, 2005

Natal?

Festa cristã e cristianizada, novamente nos recorda que no meio do frio do mundo, a vida é mais forte que as trevas! Recordar a bondade inerente do ser humano, a beleza da vida, do que realmente interessa: o pobre e o sem casa à imagem dos peregrinos de Belém (claro que falamos da família sagrada e não dos candidatos desesperáveis).
Recordar o significado é sempre bom!

quinta-feira, dezembro 08, 2005

Recordações


Recordações de Sevilha, que às vezes voltam como um tempo imemorial e de sonho! Onde anseios terrenos não tocavam, nem bons nem maus. O dia 7 de Dezembro, os universitários a fazerem serenatas à Virgem Imaculada junto ao monumento da catedral. E no dia 8, os seises a dançarem para a Virgem no Altar principal da Catedral. E os presépios, já montadas em todas as ruas e lojas. Recordações...

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Dias de Sol


Não há nada como um dia de Sol, mesmo no Inverno! Como olhar para oa azul céu aberto ao horixonte, nesse momento mesmo que haja problemas, todos são dissipados por brevíssimos instantes.
Para mim, não há como a luz ou o dia azul que nos mostra o bom e o mau!Isto sem ocasião de negar a noite que também tem muitos encantos; mas o azul lembra-me que cada dia até ao ocaso da vida (certo como termos nascido) é uma oportunidade de "ressurreição", de começar de novo, de tentar e tentar respirar e afastar as àguas que nos entopem as vias respiratórias.
Azul do céu, Sol que nos orienta e desorienta, isto dá-nos animo para pé ante pé, caminhar na certeza de um dia tudo resulta.

terça-feira, dezembro 06, 2005

Dia de São Nicolau


Por afecto e amizade, uno-me à sua figura (tão mal tratada pelo Pai Natal) mas neste dia queria propor uma peça de música de Benjamim Britten "A Vida de São Nicolau" . Existem várias gravações mas a minha é da decca comprada na Fnac! Esperemos que um dia, também possamos encontrar a Missa de Gonçalo Lourenço dedicada a São Nicolau. A sua estreia é hoje na Baixa de Lisboa.
Mais uma proposta em tempos natalícios, de Liszt uma oratória "Christus".

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Música dos nossos dias na Igreja de São Nicolau

Amanhã no dia de São Nicolau, é cantada uma composição de um autor coevo. Uma missa encomendada a um compositor brilhante e novo, Gonçalo Lourenço. Com um curriculo invejável, criou uma Missa para ser cantada na própia celebração litúrgica. Vale a pena participar; na Baixa de Lisboa e contando com o excelente coro Ricercare e o Maestro Pedro Teixeira.

Viemos ao mundo...

Hoje, contra as minhas convições, tomei o pequeno almoço num café! Foi uma refeição muito erudita e cheia de profundidade, pois todos e cada um expressaram pensamentos populares que não escondem sabedoria. "Viemos ao mundo para sofrer" dizia um rapaz que entregava carne do dia! De facto, viver é sofrer entrar na paixão do mundo e da carne! A carne é obstáculo, porque nos insere no sofrimento próprio do limitado. Mas, podemos superar ou olhar para o alto. Sofrer sim mas não agonizar ou regozijar no sofrimento.

Coisas do Passado


Neste fim de semana fui surpreendido por um dvd que me mostrava memórias do passado! Fez-me comover pela noção do sofrimento seja em quem for e de modo especial num infante sem culpa.
Eram as imagens da deposição do Coração de Louis XVII na Capela da sua família em Saint-Denis; algo de anacrónico, reconheço mas de encerrar memórias e recordações dolorosas da própria frança.

sexta-feira, dezembro 02, 2005

Pai só há um

Recordo o meu pai, pois hoje seria o seu aniversário! Memórias longícuas mas presentes; um homem atencioso e trabalhador! Requiem in pace!

Tilintar

Este feriado fez-me recordar uma música da Shania Twain:

We live in a greedy little world --
that teaches every little boy and girl
To earn as much as they can possibly --
then turn around and
Spend it foolishly
We've created us a credit card mess
We spend the money that we don't possess
Our religion is to go and blow it all
So it's shoppin' every Sunday at the mall

All we ever want is more
A lot more than we had before
So take me to the nearest store

Can you hear it ring
It makes you wanna sing
It's such a beautiful thing --
Ka-ching!
Lots of diamond rings
The happiness it brings
You'll live like a king
With lots of money and things

When you're broke go and get a loan
Take out another mortgage on your home
Consolidate so you can afford
To go and spend some more whenyou get bored
All we ever want is more
A lot more than we had before
So take me to the nearest store

Let's swing
Dig deeper in your pocket
Oh, yeah, ha
Come on I know you've got it
Dig deeper in your walletOh
All we ever want is more
A lot more than we had before
So take me to the nearest store

Can you hear it ringIt makes you wanna sing
You'll live like a king
With lots of money and things
Ka-ching!

Tempo de Natal...


Será que teremos um tempo de Natal mais repousante? Entre o disparate presidencial e as contas públicas que já se tornaram um sintagma vazio na boca dos políticos, temos o Natal: o presépio, a pobreza do burro e da vaca, um menino, a ternura dos pais e depois, o "natal" consumista e Norte-americano da neve e do pai natal!
Teremos tempo, suponho, para ir aos concertos de Natal da CML e das Igrejas da Baixa-Chiado; aqui quero realçar (perdoem-me o clubismo) um deles:

Sábado,
dia 3
20.00h Igreja de São Nicolau [Baixa]
Orquestra Barroca Capela Real e Coro de Vozes Caeleste
Alessandro Scarlatti (1660-1725): Dixit Dominus; Salmo 110;
Domenico Scarlatti (1685-1757): Salve Regina
Pedro António Avondano (1714-1782): Magnificat.

No meio do Natal vale a pena, ouvir e dar tempo à cabeça e à alma.