quinta-feira, setembro 27, 2007
Mania de Deslumbramento
Acho que é algo próprio de um povo fechado e "pequeno", deslumbrar-se por uma figura! Só queremos é VIPs e "D. Sebastiões"... interrompe-se um serviço noticioso para dar em directo a chegada de quem? do Mourinho.... qual noite de nevoeiro. Isto é assustador.
sexta-feira, setembro 21, 2007
Casa Decor
Situada na zona nobre da cidade, este ano, a Casa Decor mostra-se com uma perspectiva interessante. Em pleno prédio pombalino, leva-nos a múltiplas escadas e subidas (descidas). Porém, demasiado damasco!!! Talvez pouca imaginação salvo honrosas excepções. Podem afirmar "É tendência" que eu direi "É demais".
quarta-feira, setembro 19, 2007
Palavras amigas
Estávamos na década de 90 do século passado quando começaram a aparecer por cá uns tijolos arrepiantes de levar ao ombro, com quilos de peso, usados fundamentalmente por jornalistas e empresários de gabarito: os primeiros telefones móveis.
Mas estes objectos só puderam merecer a abreviatura de telemóvel anos mais tarde, embora mesmo assim ainda fossem demasiado caros para o cidadão comum; e o peso e o tamanho impedissem ainda qualquer veleidade de generalização.
O resto da história, conhecemo-la todos: os telebichos encolheram drasticamente, de preço e de aparato, vieram os mimos e as vitaminas, depois as sms e as mms, a Internet… e arrisco dizer que nesta sala haverá provavelmente tantos telemóveis quantas as pessoas. Se não mais.
As vidas pessoais e profissionais dos mortais mais insuspeitos já não passam sem toda esta mobilidade, este aparato do estar obrigatoriamente sempre lá, sempre mais perto do que é supostamente importante.
Se houver bateria e cobertura, todas as novidades, boas e más, ou simplesmente assim-assim, podem chegar-nos à orelha. Em directo, através de mensagens de voz ou mensagens escritas – e hoje até, se quisermos, em chamadas de voz já com vídeo.
Pois foi para este cabaret de falatório que saltou do convento, há alguns anos, o nosso autor de hoje. E a dita vida real não lhe escapou ao espírito observador e inquisidor, nem ao humanismo com que fundou o seu edifício de relações sociais.
Nestas suas 3 estórias que agora podemos conhecer, como nas histórias de tantas outras "Ritas", "Bernardos" e "Augustas" com quem nos cruzamos, no ritmo alucinante desta Lisboa – ou de outra qualquer cidade do planeta – há vidas feitas de imprevisto, de alegrias, de tristezas. De fachadas falsas e muralhas fechadas que, por mais altas e impenetráveis que sejam, podem por vezes ser derrubadas com uma simples frase.
E neste mundo de hoje, onde a palavra pode viajar por telemóvel no segundo, sem cuidados, sem burilamentos e sem frente-a-frentes, os sentimentos do outro podem, à distância, ser tão descartáveis quanto uma bateria de lítio. E um pequeno objecto tecnológico ganha o poder imenso de juntar, umas vezes; e romper, outras.
Hoje, o telemóvel não é agente passivo da mudança. E força-a em pequenos circuitos interpessoais, mesmo que a vida, genericamente falando e como o João refere com subtil ironia – “continue o ritmo normal, sem percalços a nível nacional e mundial”.
3 Estórias Móveis não vem agitar o país nem o mundo.
Mas agitou o autor a ponto da urgência despretensiosa de soltar histórias de vidas guardadas onde todos nós, como peças de puzzle, podemos encaixar um dia, com mais ou menos ajustes.
Faremos bem, em apreciar estas.
E que venham as próximas.
Mas estes objectos só puderam merecer a abreviatura de telemóvel anos mais tarde, embora mesmo assim ainda fossem demasiado caros para o cidadão comum; e o peso e o tamanho impedissem ainda qualquer veleidade de generalização.
O resto da história, conhecemo-la todos: os telebichos encolheram drasticamente, de preço e de aparato, vieram os mimos e as vitaminas, depois as sms e as mms, a Internet… e arrisco dizer que nesta sala haverá provavelmente tantos telemóveis quantas as pessoas. Se não mais.
As vidas pessoais e profissionais dos mortais mais insuspeitos já não passam sem toda esta mobilidade, este aparato do estar obrigatoriamente sempre lá, sempre mais perto do que é supostamente importante.
Se houver bateria e cobertura, todas as novidades, boas e más, ou simplesmente assim-assim, podem chegar-nos à orelha. Em directo, através de mensagens de voz ou mensagens escritas – e hoje até, se quisermos, em chamadas de voz já com vídeo.
Pois foi para este cabaret de falatório que saltou do convento, há alguns anos, o nosso autor de hoje. E a dita vida real não lhe escapou ao espírito observador e inquisidor, nem ao humanismo com que fundou o seu edifício de relações sociais.
Nestas suas 3 estórias que agora podemos conhecer, como nas histórias de tantas outras "Ritas", "Bernardos" e "Augustas" com quem nos cruzamos, no ritmo alucinante desta Lisboa – ou de outra qualquer cidade do planeta – há vidas feitas de imprevisto, de alegrias, de tristezas. De fachadas falsas e muralhas fechadas que, por mais altas e impenetráveis que sejam, podem por vezes ser derrubadas com uma simples frase.
E neste mundo de hoje, onde a palavra pode viajar por telemóvel no segundo, sem cuidados, sem burilamentos e sem frente-a-frentes, os sentimentos do outro podem, à distância, ser tão descartáveis quanto uma bateria de lítio. E um pequeno objecto tecnológico ganha o poder imenso de juntar, umas vezes; e romper, outras.
Hoje, o telemóvel não é agente passivo da mudança. E força-a em pequenos circuitos interpessoais, mesmo que a vida, genericamente falando e como o João refere com subtil ironia – “continue o ritmo normal, sem percalços a nível nacional e mundial”.
3 Estórias Móveis não vem agitar o país nem o mundo.
Mas agitou o autor a ponto da urgência despretensiosa de soltar histórias de vidas guardadas onde todos nós, como peças de puzzle, podemos encaixar um dia, com mais ou menos ajustes.
Faremos bem, em apreciar estas.
E que venham as próximas.
Estas foram as palavras amigas que o Ricardo proferiu no lançamento do livro, ontem!
Obrigado, amigo.
Eu
Não possuímos nada no mundo - pois o acaso pode tirar-nos tudo - a não ser o poder de dizer eu. Nada no mundo nos pode retirar o poder de dizer eu. Simone Weil
terça-feira, setembro 18, 2007
terça-feira, setembro 11, 2007
Condição Solitária da Vida
Somos sós!É uma frase estranha dita no plural... mas é verdade, como conjunto vivemos em comum a experiência que se chama vida. Partilhamos e juntamos mas no final estamos sós.
Nascemos em solidão e morremos cada um na condição solitária como veio a este mundo.
Mesmo vivendo com alguém 365 dias por ano, não podemos negar que estamos sós no universo interior e muitas vezes, no exterior.
Viemos ao mundo sós e dele sairemos, tendo um único que nos ouve no interior e nos vê. Por vezes, o mundo diz-nos que estamos sós e precisamos de muitos amigos e amigas! Sempre em festa mas nao nos diz que esta solidão está mesmo aí no meio de tanta gente.
Esta solidão é que nos julga.
Nascemos em solidão e morremos cada um na condição solitária como veio a este mundo.
Mesmo vivendo com alguém 365 dias por ano, não podemos negar que estamos sós no universo interior e muitas vezes, no exterior.
Viemos ao mundo sós e dele sairemos, tendo um único que nos ouve no interior e nos vê. Por vezes, o mundo diz-nos que estamos sós e precisamos de muitos amigos e amigas! Sempre em festa mas nao nos diz que esta solidão está mesmo aí no meio de tanta gente.
Esta solidão é que nos julga.
segunda-feira, setembro 03, 2007
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