Tal como a vida, a morte possui várias facetas, vários nomes e gradações. Seja a morte lenta, morte cerebral, morte social e até morte política. Nesta última inserimos Saddam Hussein; um ditador não morre simplesmente, é morto ou morre politicamente. Porque como figura de estado e fragmentante da sociedade iraquiana, não pode simplesmente morrer.
Tem de ser exemplo e morrer para todos. A "morte" da prisão perpetua não é suficiente para tal figura, esta é uma morte política numa lógica que mais vale perecer um que a nação inteira. Friso que não nenhuma comparação histórica, Deus me livre.
Apenas, percebo racionalmente (se é que é possível racionalizar a pena de morte) as razões da condenação.
Não deixa de criar um amargo de boca nem a sensação de que algo cheira mal naquele reino mas todo o mundo aceita pois um tirano não morre simplesmente.
Mas, por último, a forma de ser morto é horrível. Num mundo como o nosso, enforcar é horripilante, desumano e desonroso. Pois, mesmo que ele como governante o tenha sido, nós "sempre por cima" para não sermos iguais ao dito.
A linha é fraca entre a tirania absoluta e a democrática...
segunda-feira, novembro 06, 2006
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1 comentário:
Ora nem mais. Apliquem-lhe os direitos humanos/civis, coisa que ele fazia por esquecer em relação aos outros.
Eu defendo uma morte lenta, seja ele passando o rsto dos seus dias na prisão, sofrendo; seja ele por injecção letal.
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