Haverá dois níveis de cultura? Ou serão mais em estratificações diversas?
Um nível encontra-se no debate político, nas visitas relâmpago das autoridades a bairros problemáticos, nos discursos do 10 de Junho, nas palavras vagas do patriotismo, nas qualificações raras que impregnam as conversas parlamentares! O outro encontra-se no saber das ruas, ou seja, no sentir de quem conversa no comboio (quando não assaltado) ou de quem vive na medida apertada do ordenado curto. Mas, no meio destes níveis outros se encontram; o mais problemático é o nível da juventude bombardeada pelo fútil e pela "porcaria" televisiva, pela ausência dos pais (os primeiros educadores), pela vida fácil, pelo conformismo da fast food, pela insensibilidade ao outro e pelos ideiais ocos de telenovelas.
Haverá possiblidade de diálogo entre estes níveis? Não sei! O conformismo abunda, a insensibilidade à realidade (a crise anda por aí e os portugueses vivem como se não pertencessem ao estado português) é cada vez mais marcante e a fuga a esta realidade gera vidas paralelas... quem se acredita nos padrões de vida que os media vendem? Andamos todos a fugir à realidade: o sucesso e a realização individual ao estilo liberal é uma mentira
terça-feira, junho 21, 2005
sábado, junho 11, 2005
10 de Junho...
Num dia de condecorações, a violência volta a surgir!
Num dia em que se condecora tudo o que é gente e se clama por patriotismo, o verdadeiro portugal revela-se no seu melhor.
Em mim crescem sentimentos de revolta.... as pessoas na praia a sentirem-se como caça para animais. Talvez estejamos a ser vitímas dos monstros que criamos mas não deixam por isso de serem monstros. E com premeditação.
Clamamos por justiça e segurança... e eu entendo esse sentimento. Queremos o nosso país seguro. Mas, nem temos forças para isso. A nossa sociedade acabou com o heroísmo e aproveitou-se da liberdade. O tripé da Revolução Francesa está manco... e por isso o bem comum desvanece juntamente com o heroísmo. E quando não há heróis, ficam os mercenários...
Acabamos com a gratuidade, nesta aventura cega da liberdade! A fraternidade e a igualdade tombaram no cadafalso por causa da liberdade.
Porém, esta é cega quando encandeada pelo individualismo. Pior que o sol da tarde da praia de Carcavelos...
No entanto, esta conversa leva-nos a pensar nos ideais que nós transmitimos aos nossos ... o que a comunicação social e publicitária quer vender! O sucesso e a pseudo realização individual... no altar disto morrem a fraternidade, o amor e o cuidado pelo próximo. A sociedade cai na teia da minha vontade. Foi isto que os programas de baixa qualidade transmitiram àqueles que assaltaram ontem na praia. Facilidade e porcaria.
O 10 de junho passado na praia de Carcavelos é só o começo, mas faz-nos pensar naquilo que construímos nestes últimos tempos: a educação, a família, os nossos ideais, a nossa comunicação, os nossos modelos, as nossas forças de segurança, enfim que sociedade queremos?
Para ser isto mais vale uma ditadura? Quando estes pensamentos nos atraiçoam é preferível mudar ... antes que se tornem realidade
Num dia em que se condecora tudo o que é gente e se clama por patriotismo, o verdadeiro portugal revela-se no seu melhor.
Em mim crescem sentimentos de revolta.... as pessoas na praia a sentirem-se como caça para animais. Talvez estejamos a ser vitímas dos monstros que criamos mas não deixam por isso de serem monstros. E com premeditação.
Clamamos por justiça e segurança... e eu entendo esse sentimento. Queremos o nosso país seguro. Mas, nem temos forças para isso. A nossa sociedade acabou com o heroísmo e aproveitou-se da liberdade. O tripé da Revolução Francesa está manco... e por isso o bem comum desvanece juntamente com o heroísmo. E quando não há heróis, ficam os mercenários...
Acabamos com a gratuidade, nesta aventura cega da liberdade! A fraternidade e a igualdade tombaram no cadafalso por causa da liberdade.
Porém, esta é cega quando encandeada pelo individualismo. Pior que o sol da tarde da praia de Carcavelos...
No entanto, esta conversa leva-nos a pensar nos ideais que nós transmitimos aos nossos ... o que a comunicação social e publicitária quer vender! O sucesso e a pseudo realização individual... no altar disto morrem a fraternidade, o amor e o cuidado pelo próximo. A sociedade cai na teia da minha vontade. Foi isto que os programas de baixa qualidade transmitiram àqueles que assaltaram ontem na praia. Facilidade e porcaria.
O 10 de junho passado na praia de Carcavelos é só o começo, mas faz-nos pensar naquilo que construímos nestes últimos tempos: a educação, a família, os nossos ideais, a nossa comunicação, os nossos modelos, as nossas forças de segurança, enfim que sociedade queremos?
Para ser isto mais vale uma ditadura? Quando estes pensamentos nos atraiçoam é preferível mudar ... antes que se tornem realidade
volto...
Voltei a escrever... aqui!
Depois de tempos muito trabalhosos e de novos começos de emprego!
Volto....
Depois de tempos muito trabalhosos e de novos começos de emprego!
Volto....
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