Páscoa...

Sem coelhos ou ovos multicolor!!!!
Tempo de recomeçar... como sempre na vida e até na morte.
Começar de novo e de novo e de novo, pois o ciclo da Vida e da nossa vida, assim o pede.
Uma páscoa com chuva e cinzenta mas que dá nos tempo para recomeçar!
Quem nos dera ver a nossa Baixa de Lisboa com uma páscoa; com uma ressurreição de verdade. De resto, é tudo palavra. A nossa sociedade necessita de páscoa, mudança para uma vida nova; largar a morte de tantas situações e escolher a Vida. Não só na questão do aborto, situação agora polémica. Ser uma civilização lançada para o futuro e para a vida; para o respeito e determinação; onde a liberdade convive com a diferença e com a Vida; enfim, uma sociedade humana e humanizadora.
O Mundo precisa de páscoas contínuas...

O que podemos aprender da Paixão?

Gestos humanos, sem dúvida! A vida humana, no seu melhor e no seu pior.
A partilha entre amigos dos seus sonhos e mais intímos desejos; a traição daquele que pensava ser seu amigo "o que tens a fazer, fá-lo depressa"; as sombras que se abatem sobre quem faz o bem "Era noite";a multidão que é inconstante (hoje gosta e amanhã é capaz de odiar); a mãe que sofre somente porque vê sofrer; os amigos que fogem com medo da sua própria pele; a dor; a vida desprezada; o juízo injusto; o imocente para que o sistema não caia "mais vale perecer um que ..."; a lógica social em vez do homem; o sofrimento sem sentido; a surpresa de quem fica até ao fim;a dádiva até ao fim....
Tudo isto podemos aprender... aqui o ser humano pode ser revisto!

Tempo da Paixão...

Paixão que se desenrola, ao longo dos tempos e da História...
No longo caminhar da vida humana, existem várias paixões... do latim "Passio"!
Mas, a Paixão que celebramos em todo o mundo crente cristão é única.
Modelo de todas as outras paixões. Paixão por ser entrega, por ser um objectivo e algo que orientou uma vida breve.
Paixão é entrega, dádiva e uma vida rendida aos outros. Tudo é gratuidade, da parte de quem sofreu a Paixão.
Existem outras paixões: e quantas vias pouco sacras vemos neste mundo! Vias de sofrimento, de rejeição, de destruição, de negação e de pouco amor. A via que escolhemos é a nossa paixão; senão nunca se tornará sacra.
Tempo de paixão que é contraste com as paixões que se falam por aí; paixões de quinta e pouca categoria. Num mundo de paixões falta-nos a paixão pelo Mundo.

Que fazer perante a violência gratuita?

Acabar com a possibilidade de compra e manuseio fácil de armas...por exemplo! A indignação sobe nos rostos de que quem conhecia aqueles rostos deixados sem vida por um criminoso! Quase nos apetece voltar à ditadura... não pela falta de liberdade mas pela ordem com que se vivia. A democracia como a educação nunca é agradável.
Mas, perante isto o que faz a sociedade? Nada, pois a indignação é substituída pelo zaping. Hoje é notícia e amanhã será outra; outras mortes e outros criminosos. Mas o problema reside no mesmo... quem tem a coragem de o resolver? Sem armas fáceis, não existem mortes.

Sol???

Parece que não mas, existe, o sol!!! Hoje mostra a sua face para alegrar a sombria existência de Lisboa. Nunca, como agora, necessitamos de sol, luz e futuro! Onde a Vida possa viver...

Música, Coliseu, Educação e Maneiras...

Antes de qualquer consideração, gostei bastante dos Keane e do rufus!!!
Ontem, à noite no Coliseu (uma casa com história, porém a necessitar novamente de cuidados) aconteceu um "espectáculo"... a "performance" de Rufus e dos Keane. Nem toda a audiência entendeu a música de Rufus mas foi bastante bem.
Ao mesmo tempo, que apreciava a música dei-me conta do Coliseu e das pessoas ali presentes.
No camarote ao meu lado, habitava e pululava uma "fauna" inenarrável que tinha uma falta de educação extrema. "Galinhas" que passaram o tempo a falar, a lançar impropérios à sexualidade de Rufus e de como ele, ali, não tinha saída. Um verdadeiro conjunto de gente suburbana e sem um pingo de qualidade. Mesmo, durante, a actuação dos Keane, o barulho continuou num estilo de Bulhão à mistura com o melhor das barracas dos subúrbios lisboetas (que me perdoem as pessoas normais que nesses locais habitam). Não vou referir a pobreza de aproveitar sempre e para tudo, os gestos e melodias dos ambientes futebolísticos. Tudo, o que é espectáculo resvala para o futebol?
Nós, mulheres e homens, no dealbar do 3º milénio, temos tarefas grandes à nossa frente; mas sempre presente deve estar aos nossos olhos, a dificuldade da educação e da civilidade. Sem isto, tudo o resto é nulo. Já para não falar da gratuidade....
A música (a composição musical) é um dos itens que nos eleva e nos distingue dos animais... mas será?

Mais fácil...

É, bem mais fácil, acreditar no mágico do que fiar-se em Deus. Esta afirmãção parece escandalosa mas é verídica; o comum dos nossos mortais no planeta prefere acreditar em pseudo-histórias mágicas e cheias de desconfiança que assegurar a Ressurreição de Cristo. Mais vale acreditar no "Código de Da Vinci" do que fiar-se na Palavra Revelada. Estranho, pautamo-nos por mitologias e não por dados mais "razoáveis". Vivemos, ou ainda somos filhos da sombra dos mestres da suspeita. Do livro, só me lembro as afirmações últimas de Umberto Eco, onde afirmava clara e distintamente que era uma patranha pseudo-histórica. Mas de resto, fica-nos na boca, o amargo da pergunta: Porque é mais fácil acreditar nestas patranhas? Parece-me que quem acredita ainda não "mostra" e "vive" este encontro que gera uma confiança (fidúcia) no Pai de Jesus Cristo.

Começar sempre...

Começar de novo, é algo difícil.. mesmo árduo e fragoso. Como acordar ao tocar do despertador! Como enfrentar outra segunda-feira... o dia indesejado da semana. Começar a semana é como começar tudo de novo. E quem não teve fases da sua vida, onde tudo começou de novo? Ou, pelo menos, parecia isso. Mais é necessário, que tenhamos mais e muitas segundas-feiras. A vida não tem de mudar constantemente mas possui estes ciclos que permitem nos ver que temos cada dia, cada semana, cada mês e ano, de começar. Para começar de novo com a noção certa de haverá um domingo. Bem lá ao longe, mas existe um domingo.