quarta-feira, agosto 31, 2005

Não tem vergonha?


Tenho mas domino-a! Era a resposta sempre igual que um velho amigo me repetia. Tenho medo? Tenho fantasmas na minha vida? Sim mas domino-os. Não é uma questão de auto-controle pois o ser humano é fraco e tudo o que cheira a auto-controle, cheira mal a esforço/exagero. Mas, sei que posso enfrentar isso tudo de olhos nos olhos. Pegar o Touro pelos cornos. Conhecendo-os, antecipando os seus movimentos e cortando-lhes as pernas. Não deixando que dominem a minha realidade.
Fantasmas que estão comigo com a minha história, com as minhas alegrias e sucessos! Tudo vai comigo, esteja onde eu estiver. Mas há alguns que não me apetecem rever: uma pessoa e um assunto! Uma pessoa que me marcou muito mal (onde o amor se tornou ódio ou repugnância) e um assunto que me irrita "Tem cuidado com o tom de voz... olha as mãos!". Aos trinta anos (idade enigmática) já não tenho paciência.
No Sábado, vou a uma boda de um amigo grato (ele já vai casar, sinal de que estou a entrar na idade das recordações) mas acho que um fantasma vai se solidificar! Bem, olhar de frente, ranger os dentes e portar-me como um senhor. Já está resolvido o fantasma e espero que não seja agora que se fosse resolver. Mas, ainda não cheguei à idade de fazer balanços. "Media Vitae in morte sumus".

terça-feira, agosto 30, 2005

Viva a República? Viva Portugal?


Não me reconheço como comentador (assim, Deus me livre) mas o discurso, ou melhor, a intervenção civíca de Manuel Alegre deixa o sabor amargo da dúvida na boca! Ou no pensamento!
A preocupação pelo futuro da República cercava a intervenção com um gosto pela velha moralidade romana; de facto, voltamos à "pregação" dos valores da civilidade romana na urbe. O combate quase evangélico contra o egoísmo e o individualismo numa época onde a nossa sociedade está como está devido ao falhanço das grandes revoluções.
No seu discurso notava-se a preocupação por um sistema democrático em grave doença, padecendo do enfraquecimento moral, da deterioração da vida em sociedade e do facilitismo/corrupção. A vergonha que o "povo" não tem em eleger criaturas corruptas e insidiosas. E por fim, perguntamo-nos quem é esse povo que tem o poder? Dúvidas que nos ficam no ar e que pareciam-se mostrar na intervenção de Manuel Alegre. Uma bola de neve que só vai parar quando?

Katrina

Atinge uma zona interessante dos EUA, é uma força da natureza e tudo o que se possa dizer da organização do Estado, da devastação ou do exodo do meio milhão de pessoas é fútil! Mesmo os blogues podem ser armadilhas para cada um de nós se tornar num pequeno "marcelo" que fala de tudo e de todos, sugerindo, implicando, pregando dominicalmente qual pastor protestante. O nosso mundo globalizado permite-nos ver em que mundo sensível e frágil vivemos; de um lado, calor extremo do outro, chuva a mais.

segunda-feira, agosto 29, 2005

revisitações do passado

"Tudo o que não tem valor evita a luz. Neste mundo, podemos esconder-nos por detrás da carne. Na morte já não podemos. Somos entregues nus à luz. Esse lugar é, segundo os casos, o inferno, o purgatório ou o paraíso." Esta frase de Simone Weil é revisitada por mim ao longo do tempo. Tudo o que não tem valor escolhe a noite para viver: a noite dos sentidos, a noite do olhar ou a noite-noite. A noite por baixo da mesa, aquela que foge aos orçamentos e aos juízos! Aquela noite que quer fugir aos fogos.

sexta-feira, agosto 26, 2005

Vacas sagradas


Haverá sempre vacas sagradas! Umas que não se podem mover do caminho e que são incontornáveis para o nosso progresso. Mas, devemos estar sempre alerta para não sermos considerados também vacas sagradas. É um passo pequeno antes de se aninharem à nossa volta adoradores. No outro dia, à hora do almoço, observei uma vaca sagrada sentada (estrategicamente) no meio da mesa de seis pessoas. Seriam os seus estagiários que entre garfadas do repasto babavam e absorviam as palavras de sua mestre. Falava alto para que todos no restaurante soubessem da sua opinião (tonta por acaso) e que ela possuía adoradores. Neste caso, mugia os seus comentários. "Espanha está mais evoluída que Portugal... deviamos ser espanhóis! Era uma sorte... isto é muito pequeno!". E os adoradores respondiam como cavalos de cortesia, abanando a cabeça! Uma verdadeira corte, que não se interessava com o que estava a ser dito mas era um mugido da vaca sagrada. Cuidado, pois um dia também poderemos ser elevados à condição de animal sagrado.

Vidas com prazo contado

Ainda a questão do aborto! Este faz me ter várias reflexões: em relação a mim, como convivem dentro várias vertentes (considero-me um pós-moderno mas neste ponto muito coerente com o que acredito ser o melhor para a Humanidade); em relação à vida, como é possível pessoas racionais num país evoluído, querer colocar prazos à mesma; em relação à consciência, como se pode comparar o princípio da vida com um cancro ou uma mal-formação (temos o direito de nos livrar dele como se de um lixo se tratasse e ainda por cima vimos falar de como isso é traumático, uma pequena incongruência) e em relação à sociedade, o aborto tormou-se um espectáculo de votos, político e sem questões éticas! Misturam-se as mulheres sofridas com slogans inauditos (Não te prives), julgamentos com reportagens escandalosas e por fim, esqueçemo-nos do começo da vida. Por onde todos nós passamos...
Quem nega o sofrimento dos outros? Ninguém, mas este nunca foi justificação para um mal maior.

quinta-feira, agosto 25, 2005

Os olhos são o espelho da alma


A minha alma está confusa e desfocada! Esta trampa das lentes de contacto estão a dar me cabo da paciência... ora vejo bem ora não vejo. Não pode ser!!! Ontem dormi bem cedo e nem dei por nada!

quarta-feira, agosto 24, 2005

O fim?


Não será mas devemos pensar em como isto chegou a este ponto. Numa revista supostamente de aconselhamento para raparigas adolescentes aparece este mimo acompanhado de mil artigos de como "agarrar" o homem dos seus desejos.

Isto atinge tudo e todos

Vale a pena ler o editorial do diário digital! Faz pensar http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=41&id_news=188908

Praça do Comércio

Tirando o pormenor que não é pequeno da obra infindável e monstruosa da dita praça, temos nela um sitío bem agradável para um café post-cena. Temos uma praça bem bonita e um terreiro apetecível. Espero que de futuro se mantenha assim: sem a obra!

Vicíos I

Há vicíos e virtudes; todos são hábitos. Tanto o bem como o mal são hábitos que podemos quebrar ou continuar! Uns chamam-se vicíos e os outros virtudes!
Depois, desta miníma explicação filosófica (Aristóteles e Tomás de Aquino) confesso que estou viciado no meu Computador, com todos os menus possíveis. É uma companhia e um lugar de confissões. Estou sem o pc caseiro, o que faz com que a minha vida se volte a prazeres mais antigos... mas que não têm metade da graça do informático.
Bem sei, terei sempre vicíos e virtudes mas é terrível quando nos sentimos presos aos mesmos.

terça-feira, agosto 23, 2005

Fogo e Fogareiros

Se for correcta e completa a informação veiculada pelo Público On-line sobre as festas com fogo de artíficio junto à área ardida ou ainda com fogo activo, então estamos perante uma xafarica que é ingovernável (recordando o saudoso D. Carlos I). Uma Xafarica que não se governa nem se deixa governar. Porque, de facto, só pensa no seu umbigo e quer é festa.

Summer life

A vida é como o verão? ou como as férias de verão? Há quem não disfrute porque não pode ou não tem tempo! E desfrutar a vida é algo de importante; não saber isto torna-nos pessoas ressabiadas e sem gosto pela mesma. Ou somos puritanos (no sentido dos protestantes) crentes que a vida é para ser sofrida e chorada.
Os portugueses como passam metade da sua vida a olhar para o que os vizinhos possuem; e se porventura são felizes é porque são uns grandes malandros. Nesta lógica, a felicidade é meramente material e é ganha à custo de rapinagem e malandragem. Deste modo, a vida é como as férias de verão, rápida e sempre com um fim anunciado.
Talvez, por isso, devamos ter tempos de qualidade; é a grande aposta de todos nós. Mesmo que poucos que sejam em cheio. Como pontos que enchem a nossa linha de vida, porque senão teremos sempre uma linha no infinito e vazia. E não há pior que uma vida vazia ou umas férias passadas num ócio "non-sense".

segunda-feira, agosto 22, 2005

Escolher os amigos?


Numa fase mais inocente da minha vida, pensei que não se escolhia os amigos: e é uma verdade que os verdadeiros não se escolhem! Mas, há quem escolha e selecione: e quais são os requesitos? Diversos, sem dúvida: os rendimentos, os conhecimentos, a roupa, a maneira de se comportar, o lugar onde moram, a sua situação conjugal, ter ou ter carro, beber ou consumir drogas, ser engraçado ou aborrecido. Uma panóplia de pontos e requesitos, embora haja um que sobressai nesta lista. Escolher os amigos por não nos aborrecerem com as suas opiniões; e3 isto para mim é terrível de não fazer. Talvez por formação eheheh tenho sempre algo a dizer. E custa-me que não possa dizer aos meus amigos aquilo que acho; esconder a minha opinião e conselho soa-me sempre a omissão e falsidade. Podemos optar sempre por não falar nem opinar mas há sempre algo manco nesta amizade!
Podemos escolher os amigos pelo que mais tarde eles nos retribuem? isso, acho que não se chama amizade! São contactos que sempre dão jeito. Devemos nos resguardar e aprender aquela grande máxima "Conhecidos muitos, amigos poucos, intímos menos anida". Nesta escolha de amigos acho que vou ficar sempre a perder :) não tenho grandes rendimentos, nem contactos, nem sangue azul, nem carro, nem me calo para agradar! Isto é uma grande maçada.

Um caminho inevitável

O caminhar da idade é uma vereda inevitável, de facto! Passamos de crianças a adolescentes e de adolescentes a jovens, num ápice. E depois? Não conseguimos evitar a idade, seja ela saudável ou mais fraca. Tudo neste mundo nos diz ao contrário; seremos jovens para sempre, o futuro é dos jovens e nesta lógica passamos rapidamente a ser cotas. Se calhar é mesmo assim; esqueceram-se de nos avisar desde do princípio deste jogo. Podemos tentar passar rasteiras à idade mas a tipa fica sempre a ganhar. E aos trintas parecemos cinquentões... a fazer tratamentos, ginásios, cremes, etc etc etc

sexta-feira, agosto 19, 2005

Guerra e Paz

Por estes dias, no ano de 1945, homens e mulheres do mundo inteiro respiravam outros ares menos carregados de enxofre, pólvora ou cinzas. Acabava um conflito devastador e quase escatológico. Nós que não conhecemos essa guerra diabólica (relembrar o Holocausto e os extermínios) devemos ter cuidado, pois o coração do Homem é facilmente corruptível e no ócio da nossa época podem germinar outros males.
Passo a citar palavras de grandes homens porque não devem ser esquecidas (na língua original dos discursos, pois têm mais força):
"Rien n'est perdu avec la paix. Tout peut l'être avec la guerre"

"Et ici Notre Message atteint son sommet. Négativement d'abord: c'est la parole que vous attendez de Nous et que Nous ne pouvons prononcer sans être conscient de sa gravité et de sa solennité: jamais plus les uns contre les autres, jamais, plus jamais! N'est-ce pas surtout dans ce but qu'est née l'Organisation des Nations-Unies: contre la guerre et pour la paix? Il n'est pas besoin de longs discours pour proclamer la finalité suprême de votre Institution. Il suffit de rappeler que le sang de millions d'hommes, que des souffrances inouïes et innombrables, que d'inutiles massacres et d'épouvantables ruines sanctionnent le pacte qui vous unit, en un serment qui doit changer l'histoire future du monde: jamais plus la guerre, jamais plus la guerre! C'est la paix, la paix, qui doit guider le destin des peuples et de toute l'humanité!"

Viva a Juventude


O nosso olhar volta-se, rapidamente e sem dúvida, para as margens do reno. Na centenária cidade de Colónia, um milhão de jovens está presente sem discursos políticos numa experiência que faz pensar nesta Igreja da qual fazemos parte. Uns mais no centro do que outros mas todos lá estamos: não inventamos outra nem outra realidade. Não me sai da memória as grandes experiências em Santiago de Compostela e Polónia; uma igreja a respirar e a viver juventude.

Coisas soltas

  • Estou sem computador em casa; coisa que me deixa desorientado! Faz-nos muita companhia esta bendita máquina: nem que seja para conversar com os amigos de longe. Nunca vou perceber esta chatice dos vírus e worms e afins.
  • Passeando pela internet fui à busca de moda diferente: vale a pena visitar o site da Vivienne Westood! Dentro da sua demência há coisas "vestíveis" e bem giras.
  • E porque que ainda não tenho portadas na minha casa? Um mistério de grandes proporções!

Amar, gostar e apreciar

Palavras tão diferentes e difíceis... amar é gostar e apreciar mas também sofrer com e partilhar algo mais que o terreno. Como sei que amo alguém? Não será só por palavras mas pela "companhia" de um caminho. Amar está para além do gostar e apreciar. Aqui não se encaixam as paixões, que são outro estado e movimento de alma: por vezes, deveras perigoso. Gostamos e apreciamos gelados, colegas ou outros exemplos que não me recordo. Amar é estar com; é ler o Principezinho e perceber o jogo da raposa. Porque até para amar temos que ser como as raposas, um pouco como as serpentes e muito como as pombas. Bem, são animais a mais....

quinta-feira, agosto 18, 2005

Um movimento estranho...


Deram-me isto no Bairro Alto, que será? Estreia de um filme? Ou mais que isso?

O desemprego não parou...

O desemprego, afinal, não parou nem para a época estival. É estranho, vamos ver como será na reentrada de Setembro. E para além do desemprego, coabitam na sociedade portuguesa coisas estranhas como os cartões de crédito, os jovens noctivagos cheios de dinheiro para gastar e descapotáveis que abundam. Dias virão, se for verdade o estudo recente sobre uma possível pandemia; cenários de guerra e cortes de rendimentos. Será que só aí percebemos o que andamos a fazer?

quarta-feira, agosto 17, 2005

Coisas da vida!

A noite é uma experiência cada vez mais snob para mim. Onde crescem sentimentos de separatismo; onde começo a pensar que só me dou com as pessoas que quero. Neste fim-de-semana experimentei vários meios nocturnos; desde de discotecas armadas em lugares "fashionables" mas parecidos com os bailes dos bombeiros da terra até à depravação que não tem nome (nem diria mesmo que soubesse). Mas, definitivamente, ao chegar a esta provecta idade só me dou com quem quero ou devo. Em Vila Real de Santo António, uma discoteca com ar de mercado de peixe mas querendo ser "cool" e "moderna" levou-me a pensar que seria tudo assim. Mas, de facto outras experiências como em Tavira mostraram-me que nemt udo é assim. A breve visita a Sevilha será outra meditação, mais séria.

O algarve desconhecido...

Desconhecido para mim, claro! Tive a sorte de palmilhar umas terras alentejanas/algarvias neste fim-de-semana. Saborear o ar fresco, as pessoas simpáticas/acolhedoras e o sol estupendo. Devemos conhecer a nossa terra: vamos encontrar coisas tão bonitas. Castro Marim e as suas aldeias vizinhas como o Azinhal. Uma aldeia normal do algarve com gente normal e simpática. Com as suas histórias e pessoas caracteristicas. Com um bar muito arejado e bem pensado. Um bom ponto de paragem para qualquer viajante.

De que serve?


De que serve, assasinar um idoso de 90 anos? A noticia logo pela manhã deixou me perplexo. Recorda-nos como vivemos num tempo onde a sanidade e a loucura, a luz e a escuridão convivem num duelo. "Mors et vita duello". Um homem da paz, com uma obra de concórdia entre irmãos separados morre por uma violência. Na sua lógica, uma semente derramada na terra desta Terra. Mas, para nós que procuramos a diversão, o apetite, a noite de verão é impossível repetir a letra da música "Não estou nem aí". Uma vida entregue! Mas, é assim que o mundo trata os seus!!! Fica-nos a vida, a gratuidade e amor dado e espalhado.

quinta-feira, agosto 11, 2005

Uma lufada de ar fresco

Parece-me que é uma lufada de ar fresco ler um exemplar da Wallpaper... pelo menos a mim faz-me bem!

Como sempre, algo com estilo...


Está a chegar! Este ano o MTV Europe Music Awards é cá na nossa pequena urbe; e a publicidade é tremenda. Um slogan neste momento com impacto e simples. O dia 3 de Novembro fica marcado e nós também queremos ir.

quarta-feira, agosto 10, 2005

Sabe bem...


Sabe bem a amizade. Nem sempre somos as melhores pessoas do mundo, temos defeitos, qualidades, pancadas e muitos limites. Mas, sabe bem a companhia dos amigos! Relembrar o passado, a vida, o que aconteceu!
Mas necessitamos sempre de outras caras para confrontar a nossa memória. Recordar para nós mesmos não é relevante; a memória é um acto para ser partilhado, seja pela escrita ou pela conversa. Sabe bem estar com os amigos e de modo especial os que não vemos há muito.

Marido de alguém...

Bem, é difícil a escolha! Ser marido de alguém importante ou esposa de uma figura relevante; o primeiro fica sempre na sombra do segundo. Mas no caso da Paula Teixeira da Cruz e Paulo Teixeira Pinto é difícil a escolha. Qualquer revista deveria saber que é difícil a escolha porque os conheceria. Ao folhear uma determinada revista, dei conta que nem todos conhecem o referido senhor. De quem tenho o maior respeito e consideração, a muitos níveis. Se calhar, é querer dar mais relevo à figura feminina e então tudo tem um propósito escondido. Ou preferem a política ao poder económico...quem sabe, há razões que a própria razão desconhece.

Vida Nocturna


O povo português sempre teve um problema, é composto por muitos e muitas ressabiados/as; prontos a morder na vida daqueles que apelidam de "eles" ou "esses". O olho clínico para saber donde lhes veêm as posses, a casa ou mesmo o carro. "São uns doutores", "É por causa deles que este país está assim" e outros mimos semelhantes ou piores. Agora, para além de uma preocupação compreensível, as antenas voltaram-se para a vida nocturna: é cada vez mais alargada. O período de divertimento alonga-se pela noite e madrugada.
Não é preciso leituras moralistas para saber que abusar não é vida para ninguém. Mas, o problema não é dizer vamos fechar a estas ou outras horas ou moralizar os lugares no mau sentido. O problema é quem tem mão nos filhos e filhas dos portugueses. Quem lhes diz que têm de ter moderação, não beber muito, ter segurança e respeito pelo próximo, ter cuidado com o que cheiram ou tomam... Os pais já não querem fazer isso! Bem, já para não falar de que as regras de educação não terminam dentro de uma discoteca... a noite não é uma zona neutra do saber estar!
Para quem gosta de sair à noite e divertir-se, sabe que não basta criar brigadas da boa moral ou de controle do horário. Começa tudo em casa, pois aí é que tudo irá terminar seja às quatro da manhã ou às nove do dia seguinte.

terça-feira, agosto 09, 2005

comentadores...

Parafraseando o antigo ditado: "Há muitos, seu palerma". Demasiados, importantes, falando de tudo e de todos, maus políticos, comentando os comentários, fazendo o papel da "D.Arlinda" ou "D.Miquelina" que comenta a vida das vizinhas com ar ressabiado e por fim, sem influenciar ou melhorar a vida do condomínio.

viva los reyes...


No meio deste vórtice de candidatos, mais esta ideía me ocorre: "Viva los reyes!!!". Antes eles que este regabofe; quando menos esperarmos, com muito cuidado e pericia veremos um ditador. Nem a rainha de Portugal nos vai valer!

segunda-feira, agosto 08, 2005

As férias da cidade?

Há quem não tenha férias em agosto. Aqui, na nossa cidade de Lisboa, muitos ficam para consertarem a nossa vida. Ficam os construtores, carpinteiros, estucadores, etc para que quando tudo retornar para o começo de um novo ano, estejam os nossos equipamentos consertados. A nossa casa, os escritórios e muitos mais. A cidade não fica entregue ao siléncio das férias mas ao barulho da britadeira, do martelo e do pneumático.

Um dia de destruição...

Convém não esquecer 6 de Agosto; pois se algum dia existiu inferno na Terra, experimentou-se em Hiroshima. A capacidade de destruição e auto-destruição do ser humano pode chegar a níveis quase "divinos". As marcas deste acontecimento estão na história, nas pessoas e no lugar. Mas, deveríamos gritar sempre: Não mais Hiroshima ou Nagasaqui. Nunca aprofundei as consequências sociais e sociológicas desta mortandade. Tenho de encontrar tempo para isso. Só sabemos da capitulação do império nipónico e de que Hirohito deixou de ser filho do sol. Depois do holocausto, a perda da dignidade e das tradições. Marcou-os até que ponto? Convém não esquecer...

sexta-feira, agosto 05, 2005

Calor/Inferno


De quem é a culpa? Sem dúvida, neste Setembro, os nossos políticos vão repetir esta pergunta com o semblante não carregado mas marcado pelo tempo estival. As imagens vistas/transmitidas são uma pequena parte do drama e do horror vivido por tantos e tantas. Os bens desfeitos, o corpo cansado e o rosto desfigurado pelas chamas. Na verdade, só não "chora" quem não tem coração. Só não sente empatia quem não tem noção da realidade ou quem pensa viver sozinho centrado em si mesmo. Só, por exemplo, os nossos adolescentes/jovens inebriados pela comodidade regalada pelos seus pais; embora, não se possa falar somente da geração influenciada por novelas com nome de sobremesa! Todos, portugueses, vivemos como se de uma novela se tratasse. Estamos inebriados pela cor do bronze e ignoramos que ela vem acompanhada pela tragédia e pela proximidade das chamas. Não é do sol da praia...

quinta-feira, agosto 04, 2005

Viver...


Estranha é a sensação de que já não há nada para e a fazer! Que tudo já foi visto, feito e fotografado. Nada nos espera a não ser o limbo da existência. Muitas vezes a personagem de Sherlock Holmes repete em conversa intíma com Dr. Watson: "Life is a common place". Mas, neste caso era uma mente superior a queixar-se do quotidiano. Ou melhor duas mentes; a personagem e o actor. Nem me quero comparar...

quarta-feira, agosto 03, 2005

I have a friend...


"I have a friend, he's got a new shop with lovely chairs... we could make some lovely photos..." Para quem conhece a série da BBC "Absolutely Fabulous" sabe que esta frase vem de uma personagem, quando na revista querem assunto para a edição do mês. Continua, em todo o lado e até aqui, a ser a maneira de muitos trabalharem; querem colocar alguém num posto e recordam-se dos amigos. Sejam pessoais ou partidários, é algo do qual não se conhece fugir. E se desse resultado, não seria olhado de soslaio. O pior acontece quando nem o amigo nem as cadeiras são de confiança.

Roupas e idades


A reflexão de que as roupas espelham o interior da pessoa ou a sua ideologia é muito antiga. E, se calhar, bem verdadeira. Mas, apeteceu-me ser mais adolescente na roupa. Com os saldos e a roupa de verão tão gira! Passamos o tempo todo a querer ser mais velhos, na juventude, que quando chegamos à minha idade queremos "parecer" e só "parecer" mais jovenzitos. Não vou entrar em assuntos de chinela no pé, calças descaídas em corpos gordos, em lycras apertadas, boné na casa (em todo o lado, até na mesa a jantar fora com os pais) e outras preciosidades terríficas. Deixo-me só pelo desejo compreensível de parecer...

segunda-feira, agosto 01, 2005

1 de Agosto...

Uma data estranha e só chama pelas férias: mesmo que seja um lugar-comum e todos marchem para as paragens do sul. Numa marcha lenta que vai deixando outros pelo caminho... é uma ideía feita mas apetece nada fazer. Depois, de um fim de semana estagnado com Mário Soares ou Cavaco; gente pobre armada em rica a distribuir pancada em sitíos pseudo; com um país com baixas expectativas e "gente triste sem lágrimas".

Uma segunda-feira....com o resto da minha vida


Uma segunda-feira complicada como tudo na vida. Mas, hoje apetece mandar tudo para cima ou para outro lado pior. Vou ouvindo Liszt pensando que tudo se resolve. Uma oratória para pensar que tudo tem um fim feliz, tal como a que estou a ouvir.